peter_painz

Cringe Compilation
2019-03-27 00:00:00 (UTC)

We Suck. Why?

Quando o tempo dá por nós, também nós damos por ele, quando uma frequência oscila há um mecanismo que torna isso possível, só percebemos a nossa realidade quando percebemos que outras realidades paralelas existem. Um corpo hipoteticamente isolado num void acabará inevitavelmente por ser um reflexo das características desse meio. Estes são exemplos muito simples mas são uma base implícita na teoria da relatividade, será que a realidade de cada um passará por uma perseção da realidade que lhes é vista, ou apenas do que querem ver?
O ser humano adora complicar o que na realidade pode ser simples, e falo por mim também. Apesar de estar numa fase de mudança e a tentar ser o mais razoável possível e a remendar atrocidades que cometi no passado, há questões que ainda ficam no ar para mim quando o assunto é compreender os outros, porque a minha perseção da vida em sociedade é bastante simples, ao sermos nós próprios alcançamos a paz interior que precisamos, e por termos essa paz incutida em nós, mais facilmente passaremos essa ideia para o resto da sociedade e isso para mim é o que a paz significa, um conceito de liberdade individual onde a abertura de cada um em conjugação levará à resolução dos problemas que naturalmente existem no mundo.
E sinto mesmo pena de quem vive para ser um reflexo de tendências, para construír a sua personalidade simplesmente baseando-se num conjunto de momentâneos golpes de sensacionalismo que cada vez mais são boosted pela ação das redes sociais, o que para mim consegue ser pior que o conceito de tradição, o que quero eu dizer com isto?
Eu entendo as tradições como sendo colossalmente estúpidas primeiro de tudo, e são um mecanismo levado a cabo por nós desde o início dos tempos, umas podem ser mais duradouras, mas todas têm um fim necessariamente pela ação do tempo e é accionado na maioria das vezes por haver uma razão para refutar uma determinada base de uma tradição, e é triste ver que há pessoas que ainda baseiam as suas vidas numa religião criada por pessoas que usaram a palavra 'Deus' para apoiarem as suas próprias visões mediante a ignorância da plebe, e mesmo tendo os seus princípios manipulados e alterados inúmeras vezes e havendo arquivos com dezenas de kilometros quadrados de livros que nunca poderão ser consultados pois os conteúdos podem pôr tudo em causa, continuam a ter credibilidade e os mais velhos e não só continuam a querer impor à força as suas visões hipócritas nos mais novos. Nasci num meio pequeno onde isto é uma constante, eu próprio sou sobrinho de um cardeal! Vejo bem numa parte da minha família o que a tradição fez aos que tinham alguma individualidade dentro de si, e quando me debruço sobre este assunto custa-me ver a inaptidão que temos em questionar a realidade ao nosso redor. Com as redes sociais parece que tudo ficou pior, parece que um determinado grupo de pessoas que se destaca consegue impor as suas visões nas pessoas, e quando a sua credibilidade se esgota, outros ocupam o seu lugar, sempre foi assim, mas com este boost parece-me que as consequências serão ainda piores, as mentes vão-se fechar cada vez mais em prol do que os que estão lá em cima querem que vejamos naquele estúpido ecrã que temos connosco em todo o lado a todo o momento, e os perigos de uma sociedade assim é que estará implicado que qualquer diferença será má. Já vemos isso mais que nunca, vivemos num mundo onde pensar em comunidade antes do dinheiro é mau, onde visões feministas com base na razão tornam-se 'memes' e motivos de chacota, onde até para algo tão simples como acabar com touradas onde assentam apenas as mais óbvias visões éticas se constrói um enredo ignorante para salvaguardar o estatuto de alguns seres com gravata que se sentam numa bancada parlamentar. Num mundo onde é tão fácil fazer circular informação e hoje mais que nunca poderíamos estar a revoltarmo-nos contra quem está no poder numa altura crucial para a mudança e numa altura em que quem lá está DEVE agir, nada fazemos, e parece que nos contentamos com a neo fascist wave que nos está a assombrar, preferimos sentir-nos satisfeitos com as mais ignorantes temáticas, como a vida dos outros ou pela felicidade de alguém de ter comido sei lá quantas 'gaijas' no urban, ou tristes e deprimidos por um mero desgosto amoroso, estamos num ponto onde nos tornamos parte de vivências e não parte de nós mesmos.
Eu quero fazer um esforço para tentar compreender e levar pessoas a um caminho diferente e quero começar por quem está mais próximo, mas não é fácil nem mesmo para uma comunidade que me é familiar. Lá está, cada um tem de começar por si, nunca alcançaremos a paz apenas por lançar um mote como, como o fracasso que foi a trend "Make love, not war", nada disto poderá fazer sentido para quem não tiver paz dentro de si.
Vou tentar falar de alguns temas em específico noutros textos para mostrar a minha visão quando a diversas situações, e no próximo gostava de falar sobre o amor. Não vai ser nada cliche, I promise.
Se alguém estiver a ler e se tenha interessado, tenho todo o gosto em que acompanhem esta jornada.
-Haja saúde.




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